23.5.07

«Felizes as nações que não são obrigadas a escolher»


Ora aí está: os lisboetas tão preocupados com a parafernália de candidatos à presidência da Câmara, quando podiam viver tão sossegados se tudo ainda fosse como Salazar gostava e fazia!

“Por felicidade do País, ao desempenhar-se do encargo constitucional da eleição, não tem que escolher – felizes as nações que nos momentos cruciais da sua vida não são obrigadas a escolher, e às quais a Providência com desvelado carinho dispõe os acontecimentos e suscita as pessoas de modo tão natural a-propósito que só uma solução é boa e essa a vêem com nitidez no íntimo da sua consciência todos os homens de boa vontade! Felizes porque não se debatem em dúvidas angustiosas, porque não se arriscam em desmedidas contingências, felizes sobretudo porque não se dividem!”

(Do discurso proferido por Salazar em 7/2/1942, véspera da reeleição de Óscar Carmona, candidato único para a Presidência da República)

2 comments:

cs disse...

anda por aí muita gente a pensar de forma igual....eu acho

mas mais triste é sentir os portugueses sem reacção aceitando o seu destino.

F. Penim Redondo disse...

Em vez dos lamentos O que realmente interessa é discutir os erros da democracia que podem, tal como no passado, viabilizar ditadores como Salazar.

Temos a obrigação de exigir da democracia os comportamentos e as regras que tornem odioso o retorno a qualquer forma de fascismo. Não só para as mentes "esclarecidas" mas para a generalidade do povo.