17.10.07

Memórias de Adriano

Rui Bebiano disse ontem que lhe custa ouvir Adriano Correia de Oliveira porque ele o faz viajar no tempo e recuar «ao país-Portugal, sequestrado e em permanente luto».

Percebo perfeitamente. Mas, em mim, o efeito é exactamente o oposto: ouvir Adriano e José Afonso é recordar um grito que, nesse «permanente luto», nos alimentava a esperança. E que valeu a pena porque acabou por vencer.

É a velha história da garrafa meia cheia ou meia vazia. Ou talvez seja apenas uma questão de idade...


5 comments:

Anónimo disse...

Que interessante são estes códigos de escuta!
Quem diria do canto só ganga nostálgica ?

joao disse...

Boa noite
Acabei de me mudar e estou aqui mesmo ao lado
A minha morada é http://ochiado.blogspot.com/
E estou ao dispor.

Anónimo disse...

Eu penso que o que continua a doer ao Rui Bebiano - e a todos (?) nós - é o país que continua. Não é "o país que foi": é o país que é. Dói-me mas não evito dizê-lo. Desculpem.

Anónimo disse...

» porque os outros usam a virtude»
para comprar o que não tem perdão»


Mal Sophia, católica, sabia , ainda soube que os insuspeitos ainda o fazem... e com arrogância e contra -arrogância. Todavia, a partir de códigos mais baratos no mercado.
Sempre a sagrada fome de reputação, sempre....
Viva a voz profundamente lírica de Adriano

Anónimo disse...

Eu diria que o país está mais como a garrafa vazia do Manuel Maria...

E já agora mais uma achega. Adriano e amigos tocavam muitas vezes, ao serão, em casa deste outro amigo:
http://naturezanaturada.blogspot.com/2008/01/professor-mrio-augusto-da-silva-i.html

JP