18.5.08

Como quase sempre ao Domingo

... a crónica de Nuno Brederode Santos, no DN, hoje sobre as eleições no PSD :

«Quando a semana fez a sua entrada em cena, podia sentir-se essa brisa fugidia e leve que a esperança cívica sempre traz consigo. Eu senti-lhe o perfume, no meu vasto latifúndio urbano: vinha da hera molhada, por detrás das duas promissoras buganvílias, e volteava em meu redor sem peso nem insistência. Uma visita educada, portanto.

Ela acorre sempre que o cidadão se livra de um constrangimento intolerável. E era o caso. Jardim tinha acabado de dizer o que só ele ainda não tinha dito: que não tinha apoios no Continente para poder avançar. (...)

O certo é que, definidas as candidaturas, podíamos deixar Santana improvisar programas de Governo, Passos Coelho arriscar o neoliberalismo em concessões às mais confusas tradições doutrinais do partido e Ferreira Leite tornar-se agora social (numa perigosa consonância com Cavaco, que, esperemos, não redunde já em vice-versa) – e sentarmo-nos a assistir. Para o efeito, comprei até um frasco de tremoços. Directas
obligent e o PSD não canta sozinho esse fado. Apenas canta pior».

0 comments: