23.5.08

Maio de 68 e os seus ícones

Num número do N.O. de Maio de 1968, uma entrevista a Herbert Marcuse. Declarações datadas, certamente, mas como tal importantes.

«HM - En bon citoyen je n'ai jamais prêche la violence. Mais je crois très sérieusement que la violence des étudiants n'est que la réponse à la violence institutionnalisée des forces de l'ordre. (...)

Les étudiants ne sont pas pacifistes, pas plus que moi. Je crois que la lutte demeure nécessaire, plus nécessaire que jamais, peut-être, si un nouveau mode de vie doit devenir possible. Les étudiants voient en «Che» Guevara, en Fidel Castro, en Hô Chi Minh des figures symboliques qui incarnent la possibilité non seulement d'une nouvelle voie au socialisme, mais aussi d'un nouveau socialisme exempt des méthodes staliniennes».


Quando Che Guevara voltou ontem a Cannes, num filme de 4h30, recebido de modo desigual pela crítica (1 e 2).

boomp3.com

2 comments:

Anónimo disse...

Olá Joana

Desconheço o que quer que seja que não seja datado. Os prazos de validade é que poderão ser diferentes, nuns e noutros casos. Pelo que as declarações do Marcuse não será por aí que diferem de quaisquer outras.

E, no que se refere a questão da violência, a discussão parece-me interminável. Por mim, hoje tal como em 68, continuo a pensar que a violência continuará a constituir-se como facto nas dinâmicas das sociedades humanas - não há como iludir a realidade - e prefiro estar preparado para ela do que acomodar-me a um certo pacifismo que tem vindo a ser pregado nalgumas sacristias onde se vende a democracia divinizada - normalmente por profetas que já adoraram outros deuses - e segundo a qual todas as tensões serão supostamente resolvidas através do diálogo e da legitimação da opinião da maioria.

nelson anjos

Joana Lopes disse...

Belo comentário, Nelson.
Consensos a fazerem avançar a história cada vez me convencem menos.