15.3.08

Procuras


















Alguém chegou a este blogue à procura de:

«mensagem a memória de uma pessoa que já morreu»

Mensagens temos muitas, memórias ainda mais. Almas do outro mundo, não – por enquanto.

Lugares de culto (6)



Rio Li Jiang (China)



14.3.08

«O dia em que o capitalismo se afundou»


ADENDA (**)

As semanas que se seguiram ao 11 de Março de 1975 foram, naturalmente, ricas em acontecimentos e convulsões. Três dias depois, no dia 14, para além de ser criado o Conselho da Revolução, deu-se a nacionalização da Banca e dos Seguros.

Para o bem e para o mal, foi um marco importante da nossa História (muito) recente. Os mais novos não terão mais do que uma ideia muito difusa do que se passou, os mais velhos poderão ter amalgamado recordações com tudo o que se seguiu.

Da imprensa da época:

«As nacionalizações são saudadas à esquerda e não são contrariadas à direita. O PPD apoio-as, aliás, embora previna que “substituir um capitalismo liberal por um capitalismo de Estado não resolve as contradições com que se debate hoje a sociedade portuguesa”.

Mário Soares mostra-se mais expansivo. Eufórico mesmo, considerando aquele “
um dia histórico, em que o capitalismo se afundou”. Dirá, a propósito o líder socialista, num comício: “A nacionalização da banca, que por sua vez detém (...) a maior parte das acções das empresas portuguesas e, ao mesmo tempo, a fuga e prisão dos chefes das nove grandes famílias que dominavam Portugal, indicam de uma maneira muito clara que se está a caminho de se criar uma sociedade nova em Portugal”.» (*)


Gosto de pensar o presente com vivências, tão fortes como estas, em pano de fundo. Ajuda-me a perceber muita coisa – para o bem e para o mal.

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(*) Adelino Gomes e José Pedro Castanheira, Os dias loucos do PREC, edições Expresso / Público, 2006, p. 28. O realce é meu.

(**) Não deixem de ler o texto que Raimundo Narciso deixou na Caixa de Comentários e, já agora, a minha resposta.

Os franceses andam esquisitos

Depois de um popular recusar um aperto de mão a Sarkozy, é agora a vez de Simone Veil ignorar ostensivamente Carla Bruni, numa recepção no Eliseu.


carla bruni humiliée par simone veil!
Colocado por peuplededroite

13.3.08

Dilema da semana

Estão dez milhões de portugueses, certamente também os «nossos» emigrantes, quem sabe se os imigrados que por cá vivem, talvez os PALOP's por solidariedade, perante o terrível dilema de decidir o que há de mais grave no novo símbolo do PSD:

- se estar um pouco azulado;
- se ter uma seta em vez de três.

Os meninos guerreiros




11.3.08

Há 33 anos

Onde é que você estava no 11 de Março?


Para os mais interessados em pequenas histórias da História: pus agora um post no IBM-emórias, sobre a reacção ao 11 de Março naquela mulltinacional americana.

10.3.08

Minha terra, minha lonjura














ADENDA (*)

Imagens de Os Dias do Presidente, no seu site oficial.

A preto e cinzento, absolutamente previsíveis. Terrível sensação de tristeza e de constrangimento.

Com a «Desfolhada» para animar e, no fim e em discurso directo, o retrato de todo um país:

«Subimos a escada do nosso velhinho prédio». Um presidente que nem tem elevador.


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(*) Comentário recebido por mail:

«Isto é uma perfeita cretinice. Vendo isto com atenção, qualquer gajo percebe que 1) não custa matar o presidente, pois o gajo anda boa parte do tempo sem segurança, 2) que o show até ajuda a reconstituir o percurso, etc. É só arranjar um Buíça.»

«Saudades de D. Afonso»

Excelente a crónica de Nuno Pacheco no P2 do Público de hoje:

«Mas era uma época harmónica, sem dúvida, onde cotas só havia as de malha metálica e onde as mulheres, em vez de serem professoras e se cansarem a lutar contra ministras da Educação, eram postas a fiar linho e a suspirar pelos seus amados guerreiros, ai Deus e u é. (...) E não se recordam da Lusitânia, dos castros e das citânias, da velha Olissipo? Isso sim, é que era vida saudável... Também nos lembramos, claro, e temos saudades, do Portugal próspero, moderno, justo e sempre livre. Mas não é fácil ter saudades do futuro.»

Pode ler o texto na íntegra aqui.

9.3.08

«La niña de Rajoy es socialista»



Rua ou beco?














«O afastamento da Ministra da Educação será o fim de José Sócrates. A manutenção da Ministra sem qualquer alteração da sua política será o fim de José Sócrates.»

Não sou tão categórica.
A manifestação de ontem terá marcado o fim da maioria absoluta do PS – não (ainda?) de Sócrates. O afastamento da ministra seria apenas mais um episódio.

Posso estar enganada, mas penso que Mª de Lurdes Rodrigues, bem apoiada, seria capaz de ter maleabilidade suficiente para parar a sangria. Mas maleabilidade e apoio são conceitos desconhecidos para Sócrates.

Ou seja: haverá mais uma demissão ou vai continuar o braço de ferro.