14.6.09

Ficar em casa














A taxa de abstenção, a nível europeu, foi de 57%, uns pontos abaixo daquela que se verificou em Portugal. Sabe-se agora que, da análise dos resultados de vinte inquéritos entretanto realizados, se pode concluir que o que está em causa não é o sentimento europeu propriamente dito, mas sim «incompreensão», «indiferença», «afastamento», «recusa» em relação às instituições europeias. «A única assembleia plurinacional eleita por sufrágio universal directo [o Parlamento Europeu], a primeira e única no mundo nesta situação, simboliza, manifestamente, uma Europa demasiado tecnocrática e opaca. A abstenção massiva é na realidade um voto de sanção contra o esoterismo das instituições europeias».

Nada de especialmente novo, mas que se tornou agora apenas mais evidente, com a relevância dos números a demonstrá-lo uma vez mais. Bem a tempo para que sejam introduzidas alterações de fundo e de forma – ou estaremos a dizer o mesmo, fatídica e inevitavelmente, no fim dos cinco anos que agora vão começar. Talvez com mais danos colaterais.

(Fonte)

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