25.7.09

Cidadania e democracia social












Mário Murteira subscreveu recentemente o Manifesto de 51 economistas e cientistas sociais e O nosso presente e o nosso futuro: algumas questões prementes (mais conhecido por Manifesto de 25 intelectuais).

Intervém agora na campanha eleitoral do Bloco de Esquerda, com um contributo para o debate sobre a democracia, concretizado num longo e importante artigo que merece ser lido na íntegra:

«No Portugal de hoje sentimos divórcio crescente entre aspirações e expectativas: entre o que se deseja e aquilo que “vai acontecendo”. Sofrimento, frustração, azedume e amargura em lugar da esperança no futuro parecem dominar a presente consciência que os portugueses têm de si mesmos.
Chamo a essa consciência a «ideologia portuguesa». Algo que em lugar de estimular uma acção positiva surge muitas vezes, mais como queixume, lamúria, «fado», enfim pretexto para transferir para os outros a responsabilidade que afinal cabe a todos, no quadro da vivência activa duma sociedade verdadeiramente democrática.
Mas, claro que Portugal está longe disso: de ser uma sociedade verdadeiramente democrática.
Para tanto, a conquista da democracia formal, dita «política», só pode ser um ponto de partida e não de chegada. »

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