13.8.09

Um outro Paris













La Défense: gosta-se ou detesta-se. Sempre gostei: durante alguns anos, fui lá, por motivos profissionais, mais ou menos uma vez por semana - quando o comboio Bruxelas-Paris e o RER não tinham segredos para mim -, e habituei-me à sua funcionalidade, à calma, a um certo tipo de harmonia.

Todas aquelas torres de escritórios, que hoje parecem quase banais, estavam longe de o ser quando se iniciou a construção, no início dos anos 70. O trânsito é subterrâneo em relação ao nível das ditas torres que ladeiam uma placa para peões, de trinta e um hectares, com estátuas, lagos e jardins – um carrossel até, que ainda hoje revi. Única no seu género, é ela que dá um certo ar artificial ao conjunto de que muitos não gostam. A parte habitacional, «enterrada» em relação à placa é, segundo me diziam, extremamente operacional e uma quase aldeia à noite e durante os fins-de-semana.

A polémica aumentou com a construção do Arco de La Défense no eixo histórico de Paris, que começa no Museu do Louvre e passa pelo Obelisco da Concórdia e pelo Arco do Triunfo. Para mim, ele é simplesmente magnífico.

Aparentemente, a construção continua, com crise ou sem ela. E o movimento também – agora mais colorido porque a globalização levou até lá africanos, asiáticos e muitos mais magrebinos.

1 comments:

Jorge Conceição disse...

Gosto imenso de l'Arc de La Defense, mas não muito dos prédios quo rodeiam, embora não conheça a tal zona habitacional "subterrânea". Mas o conjunto à superfície da placa parece-me bastante frio e ausente de gentes...