12.11.09

Já com a mala meia feita


















A pouco mais de 24 horas da partida – o Laos e a Birmânia esperam por mim –, leio as instruções enviadas aos viajantes e detecto, entre recomendações sobre calçado adequado e repelentes para mosquitos, este pequeno conselho, julgo que vindo de um operador turístico local:

«Não recomendamos levar literatura “à vista das autoridades” de Aung San Suu Kyi ou qualquer outra personalidade com ideologias políticas contrárias ao governo de Myanmar. “Cartas da Birmânia” é um bom livro para ler, antes de viajar ao país. Se, todavia pretende levá-lo na sua viagem, aconselhamos a encapá-lo com um papel opaco.»

Já fiz muitas viagens e nunca recebi recados destes. Nem estive, nos últimos anos, em países onde não há «roaming» de telemóveis para ninguém (só comprando cartões localmente), não se aceitam cartões de crédito nem existem ATM’s. Vamos todos portanto com uma grande mão cheia de dólares. (A propósito: quem tiver umas economias, esqueça PPR’s e Certificados de Aforro, precipite-se e guarde uns pacotes de notas verdes debaixo do colchão porque estão verdadeiramente mais baratas do que a chuva.)

Mas antes da Birmânia será o Laos, onde tudo é mais ameno. Haverá assim tempo para a preparação psicológica.

2 comments:

Jorge Conceição disse...

Boa viagem, Joana!

Sobre o Laos recordo o filme que foi apresentado no DOCLisboa antes do Diana Andringa. Enfim, uma aldeia coma aquela não fará certamente parte do seu roteiro. Mas deve dar para sentir aquele ambiente de pura curiosidade e de à vontade na simples busca do conhecimento. Mas fora dos circuitos turísticos, claro.

Joana Lopes disse...

Obrigada, Jorge.
Sim, lembrar-me-ei do filme, mas vou totalmente «organizada» e não sairei muito dos tais circuitos turísticos...