17.1.09

Quando o telefone toca (1)

- Posso pedir o disco?



Daseilomen



Parece que o Popeye faz hoje 80 anos e efemérides é comigo.

No fim dos anos 70, era presença constante na RTP e o grande herói do meu filho que repetia, pela casa fora, o título deste post. Quando os desenhos animados ainda não eram dobrados em português nem se ensinava inglês técnico nos infantários.

Já ganhei a noite

PS sem maioria absoluta.
BE como 3ª força, à frente de CDU e CDS.

Declaração de interesses: não sou do PS nem do BE (muito menos do PSD...).

16.1.09

Porque hoje é 6ª feira

... e não me dá jeito pôr retratos de mulheres nuas, como fazem tantos bloggers.

A entrevista

Tudo era roxo, com umas tirinhas amarelas a condizer com o cabelo de Judite de Sousa.

(O roxo é uma cor constituída pelos menores comprimentos de onda da luz visível.)

15.1.09

Para Policarpo, todos têm lugar na Igreja, mas há uns que têm menos lugar do que os outros














A questão dos perigos do casamento com muçulmanos fez passar para segundo plano a parte final da conversa entre Fátima Campos Ferreira e o cardeal Policarpo no Casino da Figueira.

Creio que vale a pena LER o que foi dito:

FCF – Isso significa que os homossexuais católicos têm lugar na Igreja ou não?

JP – Têm. Toda a gente tem lugar na Igreja. O que eu lhes peço, o que a Igreja lhes pede é que vivam evangelicamente a sua sexualidade.

FCF – Como é?

JP – Não é com certeza sendo homossexuais, é uma coisa que está...

FCF – Então não têm [lugar].

JP – Não têm? Têm. Há pessoas que têm essa tendência e que são pessoas exemplares na sua vida cristã.

Esta posição não é diferente daquela que o Vaticano sempre tem defendido. Em resumo, para os homossexuais católicos ficaria a opção de reprimirem a sua «tendência» não a exercendo – castos e abstinentes, portanto. Tal como os padres, destinados ao «celibato».

Até quando?

(O vídeo da RTP pode ser visto aqui.)

Nós, os viciados















Já não pesquisamos – navegamos.
Já não temos canetas – «mailamos».
Já pouco «blogamos» - «twittamos».
Já não falamos – teclamos.
Já não temos amigos – temos contactos.

Musicando

E já que hoje toda a gente anda a falar de Cat Stevens (é difícil explicar porquê...), passo a fazer a experiência desta maquineta para pôr música, com a ajuda do costume.

(E não é que funciona!..)









14.1.09

«Cuidado com o cão»













Como previsto, o patriarcado já veio dizer que Policarpo «não “discriminou” os muçulmanos» quando afirmou: «Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam».

Uma espécie de porta-voz explicou que «é um justo conselho de realismo, tão oportuno quanto normal».

Longe de mim discriminar o meu cão quando digo aos vizinhos para terem cuidado – só digo que ele é cão e que é perigoso.


P.S. – Estou com a Jonas: tudo isto foi excelente para o marketing do casino da Figueira.

«Professores desterrados»?














Confesso que não sabia da existência do MQED (Movimento de Quadros de Escola Desterrados). Cheguei lá hoje através de uma notícia do Público e, como o nome deixa adivinhar, este movimento tem como objectivo protestar contra determinadas alterações nas regras de colocação de professores, que, aparentemente, diminuem a possibilidade de estes trabalharem tão perto de casa quanto possível. Não discuto os altamente prováveis defeitos das ditas alterações nem o legítimo desejo de evitar horas de viagens por dia.

Mas há anos que me pergunto se e por que razões Portugal há-de ser, neste campo também, uma excepção (não só quando se fala de professores, mas também de médicos, por exemplo). A França é um país nem sei quantas vezes maior que Portugal e os franceses andam a vida toda com a casa às costas. Conheci um colega americano quando ele ia, por motivos profissionais, na sua 24ª cidade. Têm subsídios para instalação, para rendas de casa? Talvez, mas então crie-se um clima em que vá sendo possível exigir essas condições. Há problemas com o trabalho profissional dos dois membros do casal? Talvez, mas os não-portugueses resolvem-nos.

Sempre emigrámos mais facilmente para o Brasil do que para Trás-os-Montes. Mas ou isto muda ou, muito em breve, teremos todos os portugueses aos empurrões no litoral, deixando o resto das terras para os linces ibéricos e outros que tais.


Pois: talvez este vídeo ajude a perceber.

Pobre Mao

... às voltas no mausoléu, se viu este desfile em Hong Kong.

13.1.09

Alô, PS?














Se alguém aí pela blogsfera pudesse fazer um ponto de situação sobre o que se passa dentro do PS, o povo agradecia.

Alegristas, Margem Esquerdistas, não sei se ainda alguns João Soaristas, outros «istas» que tinham uma moção mas a perderam pelo caminho, dois ex-presidentes da República com nervoso miudinho que não conseguem estar calados, and so on, and so on. No meio de tudo isto, será que a sede do Rato ainda está aberta? Andarão por lá muitos para além dos que estão no governo, uns tios e umas primas?

Nós, basbaques mais ou menos interessados, vemos os comboios passar, vamos tentando perceber quem é que não se esquece do avental no apurar destes cozinhados e suspeitamos que, na hora da verdade, todos se renderão à elegância do chefe e lhe estenderão a passadeira vermelha, sem pestanejar. Com fortes vivas ao socialismo -evidentemente.

Cooperação estratégica

12.1.09

Anarquismos

Já que os outros «ismos» andam tão por baixo, talvez valha a pena ir espreitar estes.

César das Neves dixit

Ateísmo catalão
















Os «autocarros ateus» começaram a circular hoje em Barcelona, como já aqui tinha sido anunciado (e discutido).

Reacções variegadas e recorrendo a todos os raciocínios lógicos, como esta de um anti-ateu:
«Si sólo es probable que Dios no exista es necesario pre-ocuparte de El, dado que bien puede existir.»

Por supuesto...

(Um artigo, entre dezenas de outros)


P.S. - A Fernanda Câncio tem razão: José Manuel Fernandes anda um pouco atrasado porque a campanha foi lançada em Londres em 20 de Outubro passado, chegou hoje a Barcelona e, aparentemente, vem a caminho de Portugal. Só deve ler o Público e The Economist...

11.1.09

Ainda a propósito do Vaticano e da pílula

«Já não bastava Eva ter conspirado contra o Espírito, agora anda por aí a urinar e a conspirar contra a natureza.»

Manuel António Pina, no Notícias Magazine de hoje. Crónica na íntegra aqui.

Venceu a Esmeralda











Por pura e indesculpável preguiça, há meses que adio ser cívica, pedagógica, sentimentalmente (e muitos outros «mente») incorrecta sobre um drama com dezenas de tristes folhetins. Até ler o que o Pedro Correia hoje escreveu sobre este «festival de barbaridades».

Todos conhecemos a história: Esmeralda tem sete anos, a sua saga dura desde os três meses, pelo meio houve toda uma trama que começou e continuou com ilegalidades por parte dos chamados «pais afectivos», milhares de almas piedosas associaram-se, e associam-se, em protestos que roçam por vezes o simples grotesco. Os jornalistas agradecem.

Dir-se-ia que os que tanto se agitam em nome da felicidade da Esmeralda não querem entender que as crianças não são parvas e que acabam sempre por vir a saber – e a preferir – a verdade. Verdade neste caso sempre adiada em nome de mentiras passadas que se transformaram em factos consumados e respeitáveis e que, essas sim, provocaram já certamente graves traumatismos. Chantagens que vão até ao ponto de se falar agora em risco de suicídio.

Admito que esta minha posição é fortemente condicionada pelo facto de ter vivido de muito perto uma situação semelhante, se não exactamente quanto à forma claramente quanto ao fundo. História que teve um final feliz quando a criança, pouco mais velha do que a Esmeralda, conheceu finalmente o pai biológico e com ele estabeleceu, imediatamente e para o resto da vida, a mais excelente das relações.

Não acontecerá sempre? Talvez, mas há pelo menos que tentar e tudo fazer para que aconteça neste caso.

Inquéritos

Agora que todas as plataformas disponibilizam este «gadget», vou também usá-lo. Há muito que tenho curiosidade de perceber que faixa(s) etária(s) frequentam preferencialmente este blogue. E também se andam mais mulheres ou mais homens por estas redondezas. Não custa nada, basta clicar duas vezes, ali em cima, do lado direito. Agradecida...

Comentários? Certamente e sem receios..















O Jorge C. escreveu um post dedicado a um conjunto de instruções que existem (existiam...) na Caixa de Comentários deste blogue. Coloquei-as já há bastante tempo (confesso que me limitei a fazer copy/paste de um outro blogue colectivo em que participo) e há muito que não as lia.

As observações do Jorge não caíram em saco roto e acabo de as retirar. Continuará a existir moderação de comentários, mas nada justifica que «assuste» os leitores com um conjunto de princípios inadequados ao que se passa no «Brumas», porque as conversas por aqui são absolutamente cordatas e conto pelos dedos os casos em que rejeitei contributos de leitores.

Altere-se, assim, o que deve ser alterado.