5.3.10

E não há mesmo nenhuma organização que nos convoque para uma pequena manifestação de protesto?


Isto é falso: houve, e continua a haver, inúmeros apelos das principais organizações de dissidentes para que cessem as greves de fome.

3 comments:

António P. disse...

Tive o mesmo pensamento, Joana.
E a resposta parece ser não. Não há nenhuma organização interessada em impedir a morte de disisidentes e denunciar o regime cubano.
O Sahara Ocidental aqui tão perto e Cuba tão longe.
Lamentável.
Bom fim de semana

jpt disse...

tenho - no facebook - um significativo comentário de um amigo (assinante da petição BE sobre o assunto) - considera inevitável sobre o assunto falar de Guantanamo (muito pior, diz, na escala dos crimes) a este propósito,

Aos 45 anos sei que não é apenas malvadez (Como a dos autores da horrorosa e desonesta petição que V. divulgou . um comentário absolutamente letal de um bloguista na sua página FB, que dizia "nao haver presos políticos diferenets de presos políticos" quando o texto o diz explicitamente é um, vergonhoso porque não assumido, suicído ético), que não é apenas desonestidade intelectual (Como a dos autores da horrorosa e desonesta petição que V. divulgou), que não é apenas o sonho da tença (Como a dos autores da horrorosa e desonesta petição que V. divulgou). É, em alguns casos, também uma monumental iliteracia, uma incapacidade total de entender o que se lê. O desprezo por esta gente, que não é apenas menosprezo, é o actual rubicão. Não são cidadãos, sáo um temíve "flagelo de Deus". V, com esse aventurereiro apreço pelas estepes, arrisca-se a andar no meio - ou seja, a ser decepada pelos seus "amigos". Sabe que mais? falando francamente? Merece-o. Merece-o muito. Porque deles não partilha nem a nulidade intelectual nem a desonestidade intelectual (Como o miserável comentário no seu FB é prova máxima, repugnante). Só lhe falta a vontade - identitária - da ruptura. E é pior dos pecados, a do apreço do auto-aconchego.

Joana Lopes disse...

Caro jpt,
Sabe que o aprecio e que leio o seu blogue há muito tempo - ainda ontem o citei. Mas certamente que já percebeu que, em política pura e dura, discordamos sempre ou quase. Ou, se não, apenas porque os (quase) extremos às vezes se tocam.

O seu comentário «regressa» à Petição e ao facto de eu a ter assinado e divulgado. Para que fique claro: nada tive a ver com a sua redacção, foi uma iniciativa do Arrastão e, se a minha assinatura é uma das primeiras, isso deveu-se ao mero acaso que a ter visto, no dito blogue, certamente pouco depois de lá ser posta. Faria o mesmo hoje, mas entretanto, já disse o seguinte em vários comentários, neste e noutros blogues: considero dispensável e infeliz a referência que nela é feita aos imperialismos e ao bloqueio – não era isso que estava em causa. Sim, assinei-a «apesar» disso, porque não julguei, nem julgo, que essa frase invalide o resto. Nunca tomou nenhuma decisão «apesar de»? Não acredito…

Quanto ao fim do seu comentário, agradeço-lhe o facto – se é que o interpreto bem – de não me considerar nem nula, nem intelectualmente desonesta. Quanto a resistir a fazer rupturas e a preferir o aconchego, só posso sorrir: bem jeito me teria dado, ao longo da vida, ter essa característica… Passam por aqui algumas pessoas que me conhecem há 40 anos – estou a ouvir gargalhadas.