22.7.10

Amnistia Internacional, CPLP, Guiné Equatorial e Luís Amado


«A Amnistia Internacional Portugal está a promover uma concentração para exigir respeito pelos Direitos Humanos por parte da Guiné Equatorial e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Junte-se a nós!
Dia: Quinta-feira, 22 de Julho
Horas: pelas 17h00
Local: frente à sede da CPLP, Rua de S. Caetano à Lapa, n.º 32, Lisboa

Na VIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) que vai decorrer no dia 23 de Julho de 2010, em Luanda, Angola, será apreciada a candidatura da Guiné Equatorial a membro de pleno direito desta Organização.

Tendo em conta que todos os Estados-Membros da CPLP estão, por força dos respectivos Estatutos [Artigo 5.º n.º 1 e)], vinculados aos princípios que a rege (“Primado da Paz, da Democracia, do Estado de Direito, dos Direitos Humanos e da Justiça Social”) terão que garantir que os candidatos a membros de pleno direito os cumpram.

A Amnistia Internacional – Portugal, insta todos os Estados-Membros da CPLP a apenas aceitarem a integração da Guiné Equatorial como membro de pleno direito perante o compromisso cumulativo e expresso por parte da Guiné Equatorial de:

1) Suprimir a pena de morte, com moratória imediata;
2) Cessar a tortura e as detenções extrajudiciais levadas a cabo pelos órgãos do Estado;
3) Proceder à libertação imediata e incondicional dos Prisioneiros de Consciência: Gerardo Angüe Mangue, Cruz Obiang Ebele, Emiliano Esono Micha, Gumersindo Ramírez Faustino, Juan Ecomo Ndong, Marcelino Nguema e Santiago Asumu e daqueles que estão nas mesmas condições.»

Os Direitos Humanos em causa num país afectam todos os outros! Junte-se a nós por um mundo mais justo!

Entretanto, tudo parece ir no sentido de Portugal votar favoravelmente, amanhã, o pedido de adesão plena da Guiné Equatorial à CPLP. Em Luanda, Luís Amado disse ontem à Lusa que «não é difícil perceber as razões pelas quais um país com as especificidades históricas e geopolíticas da Guiné Equatorial procura aproximar-se de uma organização como a CPLP», que o assunto «vai ser tratado com naturalidade e bom senso» e «sem dramatização».

P.S. - A ler: Rui Tavares, A petrofonia
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6 comments:

Francisco Castelo Branco disse...

O Madagascar tambem queria entrar.

A CPLP podia ser um dinamizador da expansao da lingua portuguesa a outros paises em pleno sec xxi.

A entrada da GUine equatorial visa isso mesmo.
Desconheço se lá fala.se portugues

Joana Lopes disse...

A entrada da Guiné Equatorial, se for aprovada, só visa o petróleo.
E expansão da língua portuguesa, a países que nunca a falaram, como é o caso, porque e para quê???
Colonialismo new fashion?

Francisco Castelo Branco disse...

É muito estranho.
Petroleo? para quem e porque?

Bem espero mesmo que tenha como objectivo a expansao da lingua

Joana Lopes disse...

Talvez valha a pena a ler um P.S. que pus agora no «post».

Francisco Castelo Branco disse...

nao sou grande fa.

sorry

Pinto de Sá disse...

Não resisto a uma tirada cínica: neo-colonialismo seria querermos ir impor os direitos humanos e a democracia ocidentais àqueles países!
Ao passo que no comércio é que há uma relação entre iguais: vende quem quer, compra quem quer - e pode.