7.10.10

Pouca sorte a minha


Tal como muitas outras pessoas, também eu disse esta tarde que já me habituara a ouvir nomes de vencedores do Prémio Nobel da Literatura primeiro e a só ler os seus livros depois.

O enguiço quebrou-se hoje. Mas, azar meu, se há autor por quem não tenha qualquer espécie de empatia é precisamente Mario Vargas Llosa. Gostei apenas de Conversa na Catedral (o que não sei se aconteceria se relesse hoje) e de alguns ensaios.

Esta minha opinião, a contracorrente da onda de entusiasmo generalizada que por aí vai, é puramente uma questão de gosto (ou de defeito…) pessoal e nada tem a ver – muito pelo contrário – com o distanciamento do escritor em relação a determinados sistemas políticos, como o cubano ou o do camarada Chávez. Mas não posso deixar de estranhar que o júri tenha justificado a atribuição «pela sua cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens incisivas da resistência, revolta e derrota dos indivíduos». Literatura?

Enfim, para o ano haverá outro. E Haruki Murakami pode esperar.
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3 comments:

MCS disse...

Murakami??

Joana Lopes disse...

Claro, até era hoje um dos favoritos.

MCS disse...

Eu sei, tem razão, mas a mim o Murakami não me convence, nem o acho "nobelizável". Mas isto é apenas a minha opinião.