13.4.11

Uma hipótese que tem pés para andar?


Com o seu estilo sereno e cáustico, Manuel António Pina apresenta um teoria «sustentável». Só não entendo porque não incluiu, na lista de argumentos, a escolha de Fernando Nober para putativo presidente da AR.

O agente duplo

Tenho, cá para mim, uma teoria que tem vindo a tornar-se crescentemente "sustentável" (finalmente consegui escrever a palavra "sustentável"; tantas vezes deglutida por aí, com óbvios sinais de prazer, julguei que tivesse um sabor especial; não sabe a nada).

Onde é que eu ia? Ah, a tal teoria. É ela que o juvenil Pedro Passos Coelho, putativo futuro ex-primeiro ministro, é um infiltrado do PS.

A coisa (a teoria) começou a ganhar corpo durante as campanhas contra os contribuintes conhecidas por PEC 1, PEC 2 e PEC 3, e pelos subsequentes pedidos de desculpas do jovem líder aos portugueses por se ter alistado (forçado por quem?) nas expedições punitivas do PS contra funcionários públicos, pensionistas, desempregados & afins.

Depois, sempre que as sondagens pareciam dar ao PSD vantagem sobre o PS, Passos Coelho vinha a público estragar tudo: foi o anúncio de que o PSD acabaria com a proibição de despedimentos sem justa causa, com a escola pública, com o SNS; de que o PSD aumentaria o IVA; de que o PEC 4 não foi, afinal, "suficientemente longe"...

Agora, coincidindo com nova sondagem, revelou à TVI que, contrariamente ao que dissera para justificar o voto do PSD contra o PEC 4, teve conhecimento prévio do documento e até o debateu pessoalmente com o primeiro-ministro em S. Bento.

Se Passos Coelho não for o director-sombra de campanha do PS para as próximas eleições é, pelo menos, um agente duplo.
...

1 comments:

Rogério G.V. Pereira disse...

Vou pensar se vou ou não "linkar", mas é ideia é pachola...