23.7.11

«Não destruirão a nossa democracia»


Da Noruega chega o horror, em notícias e em imagens. Impossível sequer imaginar, há menos de um mês, quando passeei por aquelas mais do que pacíficas ruas de Oslo. O mundo sempre imprevisível, neste caso pelas piores razões.

Sem mais comentários, o discurso do primeiro-ministro:



«Eles não nos destruirão, eles não destruirão a nossa democracia. (…) A resposta à violência é a democracia.»
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5 comments:

Tiago Silva disse...

Ainda bem que o rapaz não é de uma país muçulmano qualquer, pois este género de retórica já deu azo a muita exportação de democracia à paulada...

jovem atento disse...

Estou chocado com este crime mas também pela forma como a comunicação social está a tratar do caso, apelidando o alegado atirador de "fundamentalista cristão", termo completamente desajustado, na tentativa de comparar um cristão com um muçulmano a nível de violência.

Este crime ultrapassa qualquer género de compreensão visto que aparentemente ele atacou os próprios noruegueses. Seriam aqueles jovens apesar de simpatizantes da política do partido trabalhista norueguês, responsáveis pela horda de muçulmanos que entraram ao desvario naquele país nos últimos anos?

Parece que este "fundamentalista cristão" tinha muito ainda para aprender com a Al Quaeda no que respeita a alvos.

Joana Lopes disse...

Eu não sei se esta pessoa é ou não um «fundamentalista cristão». Mas claro que existem fundamentalistas em todas as religiões.

Tiago Silva disse...

É absolutamente ternurenta a forma como este jovem atento se indigna se houver uma colagem, por ínfima que seja, do terrorismo ao cristianismo, mas acha perfeitamente normal que culpabilize toda a população muçulmana pelos ataques de facções ultra-minoritárias.

Sim, porque, no fundo, todos os católicos são responsáveis pelos ataques do IRA, como todos os republicanos autonomistas são culpados dos ataques da ETA. Enfim, é o raciocínio entravado, apanágio da direita mais racista e cavernosa...

Anónimo disse...

Depois do caos…a ordem “democrática”…veremos, porquanto o sistema aposta sempre nestas situações dramáticas – usando vidas humanas como escudo do seus intentos – para aplicar medidas mais draconianas contra a liberdade dos seus cidadãos…sempre para “preservar” a segurança…

Noruega, considerado um país pacífico…mas foi um dos países depois da invasão do Iraque pelos EUA e Grã-Bretanha, que enviou tropas para defender a “democracia”…mais de 110 mil cidadãos iraquianos mortos entre 2003 e 2009, os que foram contabilizados…

Noruega, considerado um país pacífico…tem tropas no Afeganistão a mando da Nato…mais de 1400 civis mortos no primeiro trimestre deste ano.

Noruega, considerado um país pacífico…em cumprimento da Nato, enviou aviões para bombardear a Líbia…é o país que lidera as forças de intervenção (pelo menos até 1 de Agosto). Os seus aviões (segundo a sua ministra de Defesa) realizaram cerca de 10% dos bombardeamentos desde 31 de Março…segundo dados recentes, o número de mortos chega a 6 mil…

Os mortos não devem serem contabilizados como simples dados contabilísticos, mas perguntamos, será que existem mortes “inocentes”? No nosso ponto de vista não existem diferenças entre os mortos por danos colaterais seja na Noruega ou no Afeganistão, Iraque e Líbia…são todos mortos da responsabilidade deste sistema perverso, de exploração e opressão.

(retirado do Luta Popular online)

Rui Mateus