2.11.11

Grécia – Da ironia dos destinos


«A ironia do destino é que tudo isto se passe na Grécia. Talvez seja esclarecedor recordar que, no século V a.c., a civilização grega se dividia em duas classes de cidadãos: uma abastada, que possuía terras e tirava partido do desenvolvimento da moeda e das trocas comerciais, e os trabalhadores, livres mas muito pobres, que dependiam dos nobres – aos quais se juntavam os escravos. A invenção do dinheiro desestabilizou os pobres que se endividaram enquanto os outros enriqueciam. A classe inferior acabou por se unir contra os nobres e Sólon foi escolhido como árbitro; as suas reformas valeram-lhe a fama de ser o pai da democracia.

Foi daqui que nasceu a democracia ateniense, que inspirou tantas nações. Hoje, ela está formatada para se integrar no sistema financeiro. Porque os mercados, eles, são incapazes de se adaptar?»

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