8.11.11

Violenta ou violeta?


Delicioso este excerto da crónica de hoje, de Manuel António Pina, ainda a propósito do discurso de Seguro:

«O conceito de "abstenção violenta", ainda por cima "construtiva", levanta perplexidades q.b.. Irá o PS abster-se aos gritos e partindo a mobília do Parlamento?, irá fazê-lo arrepelando os cabelos (e convenhamos que tem razões para isso)?, ou Seguro quis dizer "violeta" e não "violenta"? De facto, ao contrário de "violenta", que sugere luta, "violeta" sugere "luto". E "luto" parece palavra mais adequada do que "luta" para qualificar a resignação (termo mais bonito do que cumplicidade) do PS face a um Orçamento que Seguro acusa de conter "medidas violentas e profundamente injustas" e de o ter deixado em "estado de choque".»

E pronto: lá terá António José Seguro que recorrer à violência (ou à violeta…) porque Miguel Relvas afirma que "não há almofadas" que permitam manter um subsídio.
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1 comments:

fernando f disse...

Da próxima vez (orçamento), o Tozé é bem capaz de dar uns tiros para o ar, para se abster. Entretanto as almofadas estão encher para em 2015 servirem de cenoura, e o Tozé se lá chegar, levar um piparote.