14.4.12

A ratificação precoce



As sábias palavras de José Medeiros Ferreira:

«O excesso de zelo da AR em relação a este tratado toca as raias do ridículo. O nosso governo não teve a mínima participação na sua elaboração, e muitas das normas destinam-se a policiar a governação de países como Portugal e a prever multas gravosas a serem aplicadas a países que venham a exceder os quantitativos dos défices orçamentais e da dívida externa, limites que jamais conseguiram alcançar desde o início da década. A vontade de ser o primeiro Estado a ratificar é assim um mero exercício de fraqueza e de hipocrisia, e como tal será apreciado pelas chancelarias e pelos mercados. (…) 
Com efeito, este tratado iniciou a separação entre Estados-membros da UE com o afastamento de Londres e de Praga do acervo. Esta ferida, salgada com a arrogância de Sarkozy, alargar-se-á a outras capitais caso se venha a permitir, como previsto, que um Estado possa unilateralmente propor uma acção no Tribunal de Justiça contra outro em dificuldades de cumprimento das metas. 
 O "tratado orçamental" foi feito para dividir a UE, não para a unir.» 

Na íntegra aqui.

P.S. – Ler também: Ana Gomes, Tratado: Somos os primeiros! Cadê o brinde?

2 comments:

Septuagenário disse...

Já se viu alguma união contra-natura?

A única união na europa foi das duas alemanhas.

Quem acredite em uniões e não se desenrasque por si, está tramado.

Vergonhosamente sós é como nos encontramos hoje.

Aliás sós estamos há mil anos.

rafael disse...

Não percebo,não percebo mesmo como com estas (e muitas outras) posições se mantêm no PS...