13.8.12

Maratona do amor?



«Na homilia da missa da peregrinação internacional de 12 e 13 de agosto ao Santuário de Fátima (...),  D. Jorge Ortiga apelou aos fiéis para se empenharem na “maratona do amor”, imagem sugerida pelos Jogos Olímpicos de 2012. (...) 

“A maratona deste amor levará à derrota qualquer tipo de idolatria, superstição, secularismo, ateísmo ou indiferença religiosa”, assim como ao insucesso de “qualquer tipo de capitalismo desgovernado, justiça negociada, saúde economizada, educação parcial” e “democracia camuflada”, vincou.»  


Também cura unhas encravadas, calvície e impotências de vária ordem. Tudo excepto a falta de bom senso e de sentido do ridículo. 
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2 comments:

Jorge Carreira Maia disse...

Sim, a metáfora é ridícula e reflecte a grande dificuldade com que a hierarquia da Igreja, pelo menos a portuguesa, lida com questões de estética e de gosto. Mas, pelo que li no post, o importante não é isso. O importante é a crítica explícita, por parte da Igreja, ao capitalismo desgovernado, à justiça negociada, etc., etc. Mesmo que a solução proposta seja inócua do ponto de vista político e social, o facto de a Igreja apontar o dedo ao sítio do mal é uma coisa boa. E apontou-o dirigindo-se a um auditório que outro tipo de discurso, menos ridículo e mais sofisticado, não tocaria. Por ridículo que o discurso seja, ajuda a deslegitimar certas legitimidades que a impotência do discurso de esquerda não consegue penetrar e pôr em causa.

António P. disse...

Boa tarde Joana,
Obrigado, fez o post por mim.
Deve ser do Sr. Bispo ter visto os Jogos Olímpicos :)
Cumprimentos