22.12.12

Querido mecenato...



A Leya, um dos maiores grupos editoriais do país, e que recentemente foi notícia devido à atribuição de um importante e valioso prémio literário, mantém, para com os seus tradutores e revisores uma política recorrente de atrasos no pagamento dos seus honorários.

Apesar de os prazos de pagamento, após a entrega do trabalho, oscilarem contratualmente e em termos práticos, entre os 90 e os 120 dias, um prazo já de si excessivo, estes profissionais vêem-se agora sujeitos a atrasos, e sucessivas promessas de pagamento muito além dos 120 dias, sem que haja da parte da empresa qualquer informação precisa.

Com efeito, a informação prestada ao cabo de inúmeros e-mails e telefonemas a diferentes colaboradores oscila entre o fim do ano, início e fins Janeiro, pelo que não é possível a nenhum deles apurar quando serão efetivamente concretizados os referidos pagamentos.

Estamos a falar de trabalhos entregues nos meses de junho, julho e agosto, recibos passados por antecipação, e pagamentos protelados com desculpas, como o alargamento de prazos de pagamentos de clientes. Desta forma se justifica o adiamento de pagamentos a colaboradores cujo trabalho sustenta diretamente uma parte significativa dos lucros deste grande grupo editorial, sem qualquer informação para além daquela que é possível obter depois de sucessivos telefonemas e e-mails - mesmo assim inconclusiva - e que de há mais de um ano a esta parte está a deixar todos os colaboradores independentes, alguns deles regulares desde o início da atividade do grupo, numa situação de precariedade tão insustentável quanto desnecessária.

(Daqui)

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