13.3.13

Francisco: primeiras impressões



«Jorge Mario Bergoglio é um teólogo conservador que se distanciou do movimento da Teologia da Libertação da América Latina.»
«Opõe-se ao aborto e à eutanásia, mantém a posição da igreja relativamente à homossexualidade e condenou fortemente a legislação para permitir o casamento gay na Argentina, introduzida em 2010.»

Mais concretamente:
«Em 2010, já como arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio liderou uma campanha do clero argentino com o objetivo de impedir a aprovação, pelo Congresso, de projeto que daria direitos iguais a qualquer tipo de casamento, mesmo entre cônjuges do mesmo sexo. (...)
"Está em jogo a sobrevivência da família: papai, mamãe e filhos. Está em jogo a vida de muitas crianças que serão discriminadas de antemão, privando-as do amadurecimento humano que Deus quis que acontecesse com um pai e uma mãe. Está em jogo uma rejeição direta contra a lei de Deus. Não é apenas um projeto legislativo, mas um ‘movimento’ do Pai da Mentira, que visa confundir e enganar os filhos de Deus". (...).
“É Satanás quem está por trás desta lei, como também por trás do projeto que pretende descriminalizar o aborto”, disse o então cardeal. E repetiu que Deus “desencadeia guerras para que Suas leis sejam impostas”. O projeto acabou sendo aprovado pelo Sendao argentino em 14 de julho de 2010.

Melhor ainda:
«Novo papa já foi acusado de colaborar com a ditadura argentina.»


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Surpresa? Nenhuma. Como comentou Raimundo Narciso no Facebook, «Mas se foi escolhido por quem escolheu os anteriores, o Espírito Santo, não se podia esperar coisa diferente. E já se sabe o Espírito Santo, tal como o Cavaco, raramente se engana.»

Mais vale ir pela via do humor – mesmo que este seja negro. 
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1 comments:

J. Duque disse...

Joana:
Bergoglio nem tem direito sequer a um (efémero) estado de graça ? Ele tem um estilo humilde, verdadeiro e não simulado. Viveu em bairros pobres, onde desenvolveu a sua atividade. Morou sozinho e cozinhava as próprias refeições. Quando apareceu na varanda, lembrou-me João XXIII e até João Paulo I (a timidez e o ar introspectivo já me lembravam Paulo VI…)
E a história da sua ligação /conivência com a ditadura militar argentina (1976-1983) - que ao inicio até teve o apoio de Jorge Luis Borges e de Ernesto Sábato - é uma velha história nunca cabalmente explicada por aqueles que a levantam periodicamente (já falaram disso a quando do conclave 2005- quando foi o suposto candidato do bloco “liberal” anti-Ratzinger). Com provas convincentes e irrefutáveis.
Quanto à questão da famosa agenda da Esquerda pós-moderna (em resumo: aborto/casamento gay + adopção de crianças / eutanásia), sabe muito bem que nenhum Papa, por muito “progressista” que fosse (falando “à anos 60”), a poderia subscrever. É radicalmente contra a toda a Tradição cristã. E julgo que todas as outras grandes religiões (Judaísmo, Islão, Budismo, Hinduísmo) pensam o mesmo.