15.8.13

Uma frágil corda



«A ideia de que o número de 1,1% - que apanhou de surpresa vários economistas, já que as previsões admitiam um cenário muito mais grave - é um factor de redenção do Memorando da troika é falaciosa. Um país que disparou no desemprego, mandou os seus jovens emigrarem, pontapeou reformados, despede sumariamente funcionários públicos, corta à bruta nas prestações sociais, não é seguramente uma prova da validade do Memorando. Até aqui, as políticas europeias em curso encarregaram-se de rebentar com a Europa - com a Alemanha como excepção. Se mudarem, Portugal pode ter esperança de que 1,1% de crescimento se reflicta na vida das pessoas - em mais emprego. A corda a que nos agarramos é de uma grande fragilidade.»

Ana Sá Lopes

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