26.9.13

45 é um número redondo: em 1968, chegou Marcelo Caetano



No dia 26 de Setembro de 1968, às 20:00, Américo Tomás anunciou a substituição de Salazar por Marcelo Caetano, neste sinistro discurso:



No dia seguinte tomou posse o novo governo e, do discurso de MC, ficaria a célebre frase: «Não me falta ânimo para enfrentar os ciclópicos trabalhos que antevejo.» (Texto do discurso aqui.)

Sabendo o que se seguiu entre 1968 e 1974, não é fácil compreender que muitos, mesmos entre os resistentes antifascistas, criaram grandes expectativas com a nomeação de Marcelo (ter um chefe de governo que NÃO era Salazar constituía, por si só, uma experiência única...). A «Primavera Marcelista», expressão usada para caracterizar os dois anos que se seguiram, alimentou muitas sonhos quanto ao sucesso de uma «evolução na continuidade». Mas claro que também foram muitos os que nunca alimentaram quaisquer esperanças. O desfecho é conhecido...

Começariam as «Conversas em Família»:




E continuaram as «pérolas» nos discursos de Américo Tomás:


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