6.6.14

Confusão ou nem por isso



«A confusão é tão grande que já começo a baralhar os assuntos: ia jurar que a direcção do PS tinha pedido uma aclaração aos apoiantes de António Costa e que Passos Coelho tinha proposto umas primárias para escolher os juízes do TC. Segundo Passos e Seguro, são o TC e o AC que estão a pôr em causa as grandes vitórias conseguidas nos três últimos anos. Seguro está a um passo de dizer: "Atenção que os mercados não apreciam estas mudanças de liderança, na oposição, a meio de mandatos". Passos dá a entender que o TC quer ficar, ilegitimamente, com o lugar dele. Seguro, que era frontalmente contra as directas, agora clama por elas e já quase põe a hipótese de sortear um Audi (o do Zorrinho, que ele vai para Bruxelas) entre os simpatizantes do PS que forem votar. O Governo, que sempre teve declarações nebulosas, contraditórias e incompreensíveis, vem agora pedir a aclaração do acórdão do TC. Se eu estivesse no lugar do Tribunal Constitucional, contratava o Gaspar para ler o acórdão naquele tom que ele usou para nos explicar o ajustamento. (...)

A situação está complicada. Tanto num caso, como no outro, estamos perante a tartaruga de pernas para o ar: muito espernear para não sair do lugar. Não é uma batalha fácil. Não é errado afirmar que tanto o TC como o AC são mais populares que os seus oponentes. Se António Costa não fosse convocado ou se o Joaquim Sousa Ribeiro estivesse de baixa com uma tendinite no tendão rotuliano, os portugueses perdiam toda a esperança.»

João Quadros
(O link pode só funcionar mais tarde.)
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