15.5.15

Chipre ortodoxo



Hoje foi dia de trepar até ao ponto mais elevado de Troodos (quase 2.000 metros), a cordilheira mais alta de Chipre, por uma estrada com dois sentidos em que por vezes mal cabe um autocarro. Mas correu tudo bem e valeu a pena para ver uns tantos mosteiros e igrejas ortodoxos por lá semeados.

Destaque para o Mosteiro de Kikkos, o mais importante do país, belíssimo sobretudo por dentro (mas com proibição de fotografar, razão pela qual a imagem que está no cimo deste post não é minha…). O conjunto de ícones, um dos quais atribuído a S. Lucas, é realmente magnífico! Nele vivem actualmente cerca de 20 monges, de vários países, mas são amplas as instalações e abertas mesmo a turistas (com intuitos religiosos, assume-se), que aí podem permanecer algum tempo… gratuitamente.

Este e outros mosteiros dedicam-se à produção de vinho e aguardentes várias e as lojas para compra de souvenirs têm mais garrafas do que ícones. Aliás, a Igreja Ortodoxa cipriota, tal como a grega, parece dar-se bem com o vil metal: é proprietária de uma grande quantidade de terras, tem muitas acções em bancos, a marca mais popular de cerveja pertence-lhe, etc., etc.

Amanhã deixo este país que não cheguei a entender minimamente, mas vou muito curiosa e seguir-lhe-ei as pisadas nos próximos tempos. Tudo isto é bastante confuso, a começar pelo facto de a actual Constituição ratificar o uso de três bandeiras: a cipriota, a grega e a turca! E, de facto, é mais do que corrente ver edifícios apenas com a da Grécia (ou lado a lado com a de Chipre). Um pouco como se se quisesse deixar todo o futuro em aberto. E vou mesmo convencida de que é essa a realidade: isto não fica assim durante muito tempo.



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