17.6.16

Astana, a primeira nova capital do séc. XXI



Em 1997, a capital do Cazaquistão mudou de Almaty para Astana. A decisão foi tomada pelo «nosso presidente» por dois motivos principais: localização geográfica mais central neste grande país (em extensão, o nono do mundo) e em região não sísmica.

Astana tinha então 200.000 habitantes, tem hoje quatro vezes mais e crescerá muito nos próximos tempos, nomeadamente por causa de tudo o que está a ser feito para a Exposição Universal de 2017. É hoje uma cidade nova e grande, com milhares de apartamentos recentes e alguns monumentos com uma qualidade absolutamente fora de série, ou não tivessem alguns a marca de Norman Foster. É o caso de uma grande pirâmide de vidro – o Palácio da Paz e do Acordo – com uma arquitectura interior extraordinária (ficam algumas imagens, a de topo e as primeiras mais abaixo) e de uma outra, inclinada, onde a temperatura é mantida estável durante todo o ano e que tem, no último andar, uma praia artificial.

Ao contrário de Agabate, no Turquiministão, Astana tem vida, as pessoas passeiam-se por todo o lado, vê-se muitas grávidas e um número excepcional de bebés – dizem-me, aliás, que o país regista actualmente um verdadeiro baby boom, facilitado por grandes ajudas por parte do Estado, interessado em aumentar rapidamente uma população que não chega aos 18 milhões.

As 130 nacionalidades que vivem neste país resultam, não só mas em parte considerável, do facto de ter sido deportado para o Cazaquistão cerca de um milhão de pessoas durante a pertença à URSS. (Perto de Astana existiu um gulag para mulheres, que não me apeteceu visitar.) Por cá ficaram, têm a cidadania local, mas mantêm um complexo sistema de pertenças, que seria longo e difícil de explicar.

De resto, há mesquitas, como é óbvio, igrejas ortodoxas e pelo menos uma católica.

Muita coisa fica por contar e o tempo está a chegar ao fim. Mais logo regresso à base. Depois de uma salutar ausência e com mais bagagem na vida.





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