14.10.17

Dica (644)




«Financial meltdown, environmental disaster and even the rise of Donald Trump – neoliberalism has played its part in them all.» 
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Eu não gosto de arroz carolino. Posso?




O que eu odeio este tipo de proteccionismos! Se se produz muito arroz carolino, exporte-se mais em condições competitivas. Mas deixem-nos comer o que quisermos, se não se importam. 
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13.10.17

Dica (643)

Conhecidos desconhecidos na Operação Marquês


«Em todo o caso, que ninguém venha agora dizer que é uma surpresa: se nada se sabe sobre estas culpas, que o tribunal há-de decidir, só por atrevida ignorância ou manhosa cumplicidade pode alguém fingir que não viu as evidências dos triângulos dourados entre políticos e banqueiros e beneficiários de privatizações e PPPs. São conhecidos desconhecidos, porque as contratações e ligações foram todas às claras, mas o que exactamente fizeram delas é desconhecido. (…)

A acusação da Operação Marquês é gravíssima, pois aponta a corrupção ao mais alto nível do Estado. Mas há outra acusação que não precisa de tribunal, e que regista os que beneficiaram, legal e tranquilamente, do regime de promoção social que foi instituído pelo poder financeiro e pelo seu apetite dos governantes. Tem sido esse o regime que governa Portugal e não se espantem se nos cria problemas.»

Francisco Louçã

Sondagem – E la nave va



«Todos os partidos da ‘geringonça’ sobem nas intenções de voto dos inquiridos — no que pode bem ser já uma consequência das boas notícias do Orçamento do Estado de 2018 (cujas linhas gerais começaram a ser conhecidas nos últimos dias em que decorreram as entrevistas para o inquérito): o PS retoma a trajetória ascendente que tinha interrompido há um mês e fixa-se nos 41%, já muito perto de um limiar mínimo para a ambicionada maioria absoluta; o BE sobe 0,6 pontos percentuais e volta aos 9% (que não tinha desde maio) e a CDU, depois de dois meses em perda, ganha duas décimas em relação a setembro e está agora com 7,5%.»

Daqui.

Marqueses e Infantes



«Finalmente, foi conhecida a acusação da Operação Marquês. Sócrates é acusado de 31 crimes, de corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada. Ricardo Salgado é acusado de 21 crimes (entre eles corrupção activa), Zeinal Bava de 5 e Henrique Granadeiro de 8. Armando Vara, por sua vez, é acusado de 5 crimes e o Grupo Lena de 11. Posso ser só eu, mas sempre que oiço falar no Grupo Lena lembro-me dos Salada de Frutas. A lista de acusações é mais extensa, na realidade, só falta a acusação ao entregador de pizzas.

Quem adivinharia uma coisa destas? Gente de tão elevado gabarito. Aliás, basta ver esta lista:

José Sócrates - Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique
Zeinal Bava - Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial
Hélder Bataglia - Comendador da Ordem do Infante D. Henrique
Armando Vara - Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique
Henrique Granadeiro - Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo

Coitado do Infante do Henrique. Não foi este tipo de descobertas que o tornaram famoso. Esta lista é a demonstração que vivemos numa sociedade que é só cenário. Como nos filmes de "cowboys", em que a cidade é apenas fachada. Talvez seja a altura de repensar tudo isto.

Não é coincidência, envolvidos em esquemas os nossos "melhores" banqueiros (de Jardim a Salgado) e gestores (de Zeinal a Granadeiro), a "nata da nata", estavam acima da suspeita. Tinham um sentido de impunidade de quem carrega uma Grã-Cruz com a grande ajuda da Comunicação Social. Zeinal era o melhor gestor do universo, Granadeiro um exemplo de pessoa, Sócrates era "sexy" platina.

A mistura Bloco Central/empresas/bancos fez uma sangria a este país. Por isso se diz que o 25 de Abril foi uma revolução inacabada - bastava ver que o Salgado, em pouco tempo, voltou a ser o Dono Disto Tudo.

Segundo a acusação, Sócrates recebeu mais de 24 milhões em luvas - isto vai incentivar a minha tia que, no Natal, já me deu vários milhares em meias. O ex-PM justifica os telefonemas do amigo, Carlos Santos Silva, sobre que tipo de obras queria na casa que, supostamente, era do próprio Santos Silva, com um: "se calhar, ele acha que eu tenho mais bom gosto que ele". Realmente, podemos medir o mau gosto do Carlos Santos Silva pela quantidade de livros do Sócrates que adquiriu. Mas, numa coisa, Sócrates mente. Não acredito que o amigo pensasse que o ex-PM tinha mais bom gosto que ele para casas. Basta ver o currículo do engenheiro e as casas que projectou. Aliás, Sócrates devia ser preso numa prisão projectada por ele.

Eu vi as imagens do ex-PM na sua actual casa e, uma coisa é certa, a prova que Sócrates baixou de nível de vida, desde que deixou de receber ajuda do amigo Santos Silva, é que hoje em dia o Caso Marquês seria Caso Parque das Nações. Não é a mesma coisa. Infelizmente, aposto já aqui 100 euros em como ninguém vai preso na Operação Marquês. Quer dizer, isto se, em 2033, ainda houver euros.»

12.10.17

Dica (642)



Catalonia: Past and Future (Luke Stobart) 
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A Madonna não tem casa em Lisboa



Ricardo Araújo Pereira na Visão de hoje:


Na íntegra AQUI.
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12.10.1972 - O dia em que a PIDE assassinou Ribeiro dos Santos



No dia 12 de Outubro de 1972, a PIDE assassinou José António Ribeiro Santos, militante do MRPP.

Quando ia realizar-se um «meeting contra a repressão» em Económicas, gerou-se uma confusão quando foi identificado, junto das instalações da Associação de Estudantes, um desconhecido que analisava cartazes e tomava apontamentos. Seguiu-se uma série de episódios, resumida por Jorge Costa em texto publicado há alguns anos e mais tarde retomado, que culminou em disparos de revólver por um agente da PIDE – António Gomes da Rocha –, que mataram Ribeiro dos Santos e feriram José Lamego, também ele militante do MRPP (que esteve internado sob prisão no Hospital de S. José, até ser levado para Caxias e aí ser sujeito à tortura do sono).

O assassinato de Ribeiro dos Santos despoletou uma grande reacção em todo o movimento estudantil e marcou-o até ao 25 de Abril. Ainda na noite do dia 12, foi tomada em plenário de estudantes a decisão de paralisar a universidade para permitir a participação no funeral. Este deu lugar a uma forte carga policial, à saída da casa dos pais de Ribeiro dos Santos, perto da igreja de Santos, com a polícia a impedir que os colegas carregassem-se a urna, a pé, até ao cemitério da Ajuda. Houve feridos, algumas detenções e os distúrbios continuaram mais tarde pela cidade.

O que se seguiu? Cito Jorge Costa: «Nos dias seguintes, a universidade está parada. Face ao crescendo de manifestações, são emitidos mandados de captura contra os quatro primeiros dirigentes da AE de Ciências e da direcção cessante da AEIST. Alguns conseguem escapar e permanecer na sombra. Os plenários de 19 e 20 de Outubro são impedidos e toda a cidade se encontra super-policiada. A DGS realiza buscas nas casas de dirigentes associativos e muitos são levados para Caxias. Em Novembro, multiplicam-se as greves estudantis. Para impedir a agitação contínua, Sales Luís encerra o Técnico. Farmácia e Letras também fecham. Muitos dos estudantes suspensos são incorporados no exército colonial. Há muitos estudantes do ensino secundário entre os presos, em Lisboa e no Porto (...). No final de 1972, os estudantes estão em todas as batalhas da "quarta frente" da guerra que condena a ditadura.»
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11.10.17

Resolviam-se dois problemas


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Não em meu nome



«O primeiro-ministro, António Costa, frisou esta quarta-feira que Portugal defende uma solução que respeite a Constituição de Espanha e que assegure a unidade do Estado espanhol, frisando que se trata de "um país irmão", parceiro na União Europeia e da NATO.»

O Conselho de Ministros tomou alguma posição oficial sobre a questão da Catalunha? António Costa fala em nome de Portugal, baseado exactamente em quê? Pelo que leio, fez declarações a jornalistas ao sair de uma «sessão de lançamento do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050». Alguém o obrigou a não ficar calado?


P. S. – Entretanto, vi que saiu este Comunicado do Conselho de Ministros. Será que todos os países, pelo menos da EU, se sentiram obrigados a fazer o mesmo? Ou continuamos a dever vassalagem a Castela?



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Dica (641)



 Spain’s Crisis Is Europe’s Opportunity (Yanis Varoufakis) 

«The EU’s official reaction to the police violence witnessed during Catalonia’s independence referendum amounts to dereliction of duty. To declare, as the President of the European Commission did, that this is an internal Spanish problem in which the EU has no say is hypocrisy on stilts. (…) 

The Catalonia crisis is a strong hint from history that Europe needs to develop a new type of sovereignty, one that strengthens cities and regions, dissolves national particularism, and upholds democratic norms. The immediate beneficiaries would be Catalans, the people of Northern Ireland, and maybe the Scots (who would in this manner snatch an opportunity out of the jaws of Brexit). But the longer-term beneficiary of this new type of sovereignty would be Europe as a whole. Imagining a pan-European democracy is the prerequisite for imagining a Europe worth saving.» 
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Não é nacionalismo, é a democracia



Daniel Oliveira no Expresso diário de 10.10.2017:


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10.10.17

E agora, Rajoy?



A bola passou para o campo do senhor Rajoy, do Tribunal Constitucional, ou seja lá de quem for. Ou estão dispostos a mover-se numa plataforma de entendimento depois da declaração de independência «suspensa» da Catalunha, ou os capítulos seguintes só podem ser péssimos.

Ninguém forçará os catalães a serem espanhóis. Continuarão a sê-lo se assim o quiserem e puderem decidi-lo livremente. Caso contrário, a concretização da independência será apenas uma questão de tempo e de modo. 
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«A las cinco de la tarde», olhos postos na Catalunha



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Momentos do dia



17:00 – Declaração, ou não, da independência da Catalunha;
19:45 – Vitória, ou não, de Portugal sobre a Suíça;
22:00 – Anúncio, ou não, da candidatura de Santana Lopes à presidência do PSD.

Dos três acontecimentos, qual será aquele a que mais portugueses darão maior importância? Alguma dúvida? 
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Rui Rio e Tintin



«Charles de Gaulle, o Presidente que refundou a República francesa, disse um dia que o seu único grande rival era Tintin. Rui Rio, que decidiu finalmente atravessar o Rubicão, não parece preocupado com o fantasma de Tintin.

Os rivais vão-se evaporando defronte dos seus olhos como se ele fosse um Terminator indestrutível. Tendo à sua volta um deserto de opositores, Rui não precisa de criar ideias. Basta-lhe pedir que os militantes do PSD ergam o braço. É triste, mas às vezes um partido está de tal maneira paralisado que por ali pode irromper quem, até hoje, nunca mostrou um conjunto de ideias estruturadas além de uns laivos ideológicos muito duvidosos (um conservadorismo irritante, um desdém pela cultura) quando esteve na Câmara Municipal do Porto. Fora isso tem dito alguns lugares-comuns que parecem uma colecção de "tweets". Mas contra este vazio (que poderá alterar-se, porque já se viu tudo na política nacional) o que sobra? Pedro Santana Lopes poderá surgir, mas será essa uma atitude sensata de quem tem agora mais poder do que se estivesse à frente do PSD? Face à debandada dos barões, que acham que Rio será um líder para ir queimando em lume brando antes da verdadeira batalha, o antigo autarca do Porto não terá de ficar atormentado por um qualquer Tintin.

Este é o reflexo de um passado típico dos principais partidos nacionais. Por vezes alguns barões ou simples soldados, acordam estremunhados e pensam que é altura de renovar a imagem do partido. Não querem trazer novas ideias. Desejam, simplesmente, mudar de líder. O PSD, agora que está na oposição, faz da viuvez uma opção de vida: está sempre à procura de um novo galã. O PSD é, por vezes, um partido de predadores equivocados: na falta de se alimentarem do partido do poder, entretêm-se a devorar todos os líderes que aceitam o cargo de chefiar a sua tribo. Rui Rio poderá ser aclamado, mas depois será entendido como um fiambre apetecível se não ganhar as eleições. O equívoco está aí: o PSD precisa de um projecto animador de futuro. E não apenas de um novo líder.»

9.10.17

John Lennon faria hoje 77



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O sectarismo é uma consumição



Excerto:

«Há uma estirpe de sectarismo que é simplesmente ignorar ou desprezar o passado, como se o tonante acabado de chegar inaugurasse um universo vazio, sem história. Todos caminhamos sobre o nosso passado e é bom lembrá-lo e respeitá-lo. Sim, chegamos depois de outros e o que aprendemos foi com eles. Se cada pessoa tivesse começado do zero, seria nada. (…)

Há, no entanto, outra forma de sectarismo, porventura mais agressiva. É o sectarismo já não contra o passado, mas contra o presente. É o que em política se pode definir assim: o sectário é o que detesta quem dele está mais próximo e com quem seria mais fácil e mesmo natural cooperar. Esse sectarismo é uma consumição. Destrói uma força política por dentro e, como a história portuguesa está cheia de exemplos, todos com o mesmo destino, vale a pena reflectir sobre esse perigo.

Antes de escrever sobre esse perigo, uma palavra de precaução. Na vida pública, num grupo de teatro, num partido político, num sindicato, numa associação, criam-se sempre identidades, que são necessárias e úteis. Quem vive em comum uma luta social, uma campanha eleitoral, a encenação de uma peça, cria laços e esses laços fazem comunidade. Somos animais comunitários e ainda bem. Aprecio por isso os cânticos, até as frases que parecem imitadas de uma pessoa para outra, as liturgias, as alegrias, o orgulho que um militante tem do seu partido ou associação. Permito-me até pensar que é porque essa força comunitária é tão importante que o sectarismo deve ser evitado.

Ora, o sectarismo é perigoso porque é fácil. Ele cria um sistema de sinais e de referências auto-suficientes que, servindo para delimitar, também fecha o grupo numa redoma. A pertença é nesse caso definida pela partilha de uma linguagem tribal e pela rejeição de quem não a reconhece. É por isso que o sectarismo precisa da intriga que aponta os inimigos, exigindo com ansiedade a criação de fábulas ou de engrandecimento (o que se pode chamar caciquismo ou culto da personalidade) ou de desprezo (os outros são seres inferiores).

É, assim, uma forma de imunização à realidade: para o sectário, o que quer que aconteça pode ser lido numa rede de conspirações que nos perseguem, o que exclui qualquer responsabilidade. O mito da infalibilidade precisa de agigantar os monstros que nos atacam pois, a haver falhanço, a responsabilidade deve sempre resultar da dimensão e do armamento dos fantasmas que nos cercam.

Por isso, o sectarismo é uma armadilha para o sectário: prende-o no seu universo. O problema é que não aprender com o próximo não é um ataque nem é uma defesa, é uma fragilidade. Não ouvir o que nos diz a sociedade é uma forma de enclausuramento voluntário. Um bom conselho contra o sectarismo é: não atravesse a rua sem olhar para os lados.»

Dica (640)



Obrigada, Pedro Passos Coelho (Fernanda Câncio) 

«Lamento: não tenho prazer em zurzir em quem está de saída, mas o que é demais é demais. Há porém um inestimável serviço ao país pelo qual Passos ficará na história -- uniu a esquerda. E isso sim, é obra.» 
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9.10.1978. Mas Brel continua bem vivo



Adormeceu num 9 de Outubro. Excepto que estava muito longe de ser velho como os velhos que tão bem cantou: «Les vieux ne meurent pas, ils s’endorment un jour et dorment trop longtemps».



Mais:






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8.10.17

João César das Neves

Reis de Espanha




Estive fora uns dias, li poucas notícias, mas vi e ouvi a comunicação do rei de Espanha sobre a Catalunha.

Os portugueses, mesmo muitos republicanos de gema, sempre tiveram uma simpatia um pouco exagerada pelo pai Juan Carlos, talvez porque viveu por cá e brincou com os betos de Cascais-Estoril (Balsemão e amigos). E transpuseram-na para o filho Filipe que casou com uma plebeia (e jornalista!...) e é pai de principezinhos bonitos.

Mas a memória é lixada e, ao ouvir Filipe VI, foi Juan Carlos que ecoou na minha cabeça. Foi nesse dia de 1975 que começou verdadeiramente a Transição espanhola – com elogios a Franco. Nós tivemos a sorte de uma Revolução, o que não foi o caso para os espanhóis. Mariano Rajoy tinha então 20 anos e interiorizou provavelmente a mensagem.

P.S. – Isto não tem a ver com ser a favor ou contra a declaração de independência da Catalunha, mas com o tom e a total ausência de «distanciamento» em relação aos meios repressivos utilizados pelo governo para impedir o referendo, daquele que pretende continuar a ser o rei de todos os espanhóis, catalães independentistas incluídos.)

Ouvir, até ao fim, Juan Carlos em 1975:


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Espanha - Nem mais

PSD d.C.



«O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou na reunião da Comissão Política Nacional que não irá recandidatar-se ao cargo nas próximas eleições. O jornal online O Observador tem o José Manuel Fernandes a meia haste.

Calma, segurem o fogo-de-artifício porque Passos ainda continua como líder do PSD até às directas do partido. No fundo, pode continuar a ser entrevistado, mas é como se fosse um ex-Casa dos Segredos. A postura de Passos na assembleia, para fazer sentido, vai ser como naquele filme, o "Fim-de-semana com o morto". O Hugo e o Montenegro é que o acartam. Passos fica, mas em modo Bento XVI.

A verdade é que temos péssimo gosto para PM. Por isso, estou sempre de olho no Costa. Já escolhemos: Cavaco, Durão, Sócrates e Passos, parece a minha tia que arranja sempre namorados que dão chatices.

Será que podemos chamar piegas às carpideiras de Passos? Por exemplo, o Rui Ramos acha que a história vai fazer justiça a Passos. Ele acredita nestas coisas. Anda a tentar fazer o mesmo com Salazar há anos, mas ninguém lhe liga nenhuma.

Passos era o guião da troika e a estratégia do Relvas. Sem isso, acabou. O momento exacto da queda de Passos começa com a saída de Relvas. Isto diz muito sobre o PSD e ainda mais sobre Passos. Só espero que, teimoso como é, continue a usar o pin no banho.

Em termos de futuro, acho que é a grande oportunidade de Passos entrar num musical do La Féria. Dizem que ele vai fazer o Robin Hood , já temos xerife de Nottingham.

Posto o Coelho de lado, começam a aparecer os primeiros candidatos ao lugar. Penso que o ideal em termos de continuação do passismo era a Maria Luís ou o Montenegro, mas para mim o melhor candidato à liderança do PSD é o Francisco Assis.

Assim de repente, acho que Manuela Ferreira Leite era uma hipótese, não fosse ser vestida por alguém que a odeia. Há quem fale de Leonor Beleza para líder do PSD. Esqueçam. Está na Fundação Champalimaud. Era o mesmo que sair da NASA para ir para a Nobre. E o Durão Barroso? Isso é que era. Portugal está cheio de restaurantes com estrelas Michelin, podia ser que ele alinhasse. São todos apenas meras hipóteses. Há candidatos mais prováveis como Rui Rio, que está para avançar há dez anos. Como sportinguista revejo-me em Rio, porque para o ano é que é.

Também temos Santana Lopes que diz que está a ponderar avançar para líder do PSD, mas primeiro vai criar um jogo da Santa Casa para as pessoas apostarem se ele vai ou não vai. Acho uma candidatura sem sentido. Santana Lopes vai ser, obviamente, chumbado pelo PSD porque foi PM sem ter vencido as eleições. Eles odeiam isso.»